sábado, 9 de junho de 2012



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‎"- E-quem-é-você paladino da França" - perguntou Carlos Magno.
"- Eu sou Agiulfo Emo Bertrandino dos Guildiverni e dos Altri de Corbentraz e Sura, cavaleiro de Selimpa Citerione e Fez!"
"- E porque não levanta a celada e mostra o rosto?"
"- Porque não existo, sire."
"- Faltava esta. Agora temos na tropa um cavaleiro que não existe! Ora ora, cada um que se vê - disse Carlos Magno - E como está servindo, se não existe?"
"- Com força de vontade e fé em nossa santa causa!"
"- Certo, muito certo, bem explicado, é assim que se cumpre o próprio dever. Bom, para alguém que não existe você está em excelente forma!"

Ítalo Calvino. O cavaleiro inexistente.